Vinte empresários do Vale do Taquari participaram, na última terça-feira (22) do protesto contra o aumento de impostos, votado pela Assembleia Legislativa gaúcha. Desde manhã, os manifestantes juntaram-se às inúmeras pessoas que lotaram a Praça da Matriz, em Porto Alegre e, munidos de faixas e cartazes, manifestaram seu repúdio à aprovação que ocorreria naquela noite.
Encantado estava presente. Conforme a presidente da Associação Comercial e Industrial de Encantado, Renata Casagrande Galiotto, os empresários estão preocupados com a aprovação do aumento de impostos. “A situação da população em geral já estava ruim e preocupante, mesmo antes da aprovação deste pacote pela Assembleia Legislativa do nosso Estado, e devido à crise em que se encontra o cenário nacional, temos a certeza de que o resultado não será bom”, destaca. Segundo Renata, a tendência, a partir dessa nova realidade, é de haver uma resseção ainda maior, o que, conforme diz, causará a diminuição da arrecadação, do emprego e do crescimento do setor produtivo. “Apesar de não termos vencido este pleito, Encantado estava presente através da Aci-e, manifestando e defendendo o interesse dos seus associados, contra o aumento de impostos”, frisa.
Renata acredita que outras lutas virão. “E faremos o mesmo. O que não podemos é nos sentir derrotados e desistir de lutar por aquilo que acreditamos ser justo e correto; afinal, toda a mudança tem que ter um começo”, completa.
A entidade apoiou o movimento liderado pela CIC Vale do Taquari. Para o presidente, Ito Lanius, o governador do Estado, José Ivo Sartori, está tendo a oportunidade de ajustar medidas para promover o equilíbrio das contas, “mas não está propondo bem”, pois, segundo ele, as pequenas melhorias já realizadas estão longe de atingir o objetivo a que se propõe. “O que fazer?”, questiona. Segundo Lanius, há muito corporativismo formado, tanto na esfera política como nos serviços públicos, e a sociedade “está lutando por novas conquistas”, cita.
Renata, entretanto, não questiona a necessidade de recuperar o Estado, só não concorda com as medidas implantadas as quais “sacrificam sempre a população e as empresas”.